(continuação)


Nem ela mesmo sabia o que iria fazer. Acabava com ele? Ou continuava? Será que ele preferia Maria a si própria? Será que ele continuava a gostar dela da mesma forma? Ou será que ele nunca gostou dela e não passou tudo de uma grande ilusão? Uma série de perguntas invadia e ao mesmo tempo destruía o interior de Inês.
Decidiu, então, reagir normalmente para com Marco. Marco contou-lhe tudo, ou quase tudo, pois houve algumas perguntas que ficaram sem resposta. Para espanto da própria Inês, Marco acabou com ela, mas, ao mesmo tempo disse-lhe que a amava. Como seria isso possível? Inês pensava: “Se ele realmente me amasse porque é que a beijou? E mesmo tendo-a beijado, se não sentisse nada não a deixaria, certo? Porque é que ele se deixou envolver? E, se ele sempre gostou dela porque é que resolveu avançar numa relação comigo?”.
Ao mesmo tempo, amando Marco e tendo noção disso, tentava falar com ele. Procurava respostas, queria saber o que o tinha levado a beijar Maria, o que tinha acontecido naquela tarde, se tinha sido ela a provocá-lo. Mas quantas mais perguntas fazia, menos respostas claras obtinha. Sentia-se desorientada, não sabia o que fazer, se lutar por Marco, desistir e continuar a ser sua amiga ou se o esquecia para sempre e apagava aquela triste fase da sua vida.
Maria, contente, teve o que tanto queria. Ao mesmo tempo que Inês chorava e se fechava, desistindo de tudo pouco e pouco, Marco e Maria voltaram. Foi aí que o mundo de Inês desabou e foi aí que o pesadelo começou, realmente.
Inês, não sabia de metade do que a esperava. Maria começou a atormentá-la, humilhá-la, esfregando-lhe na cara o que lhe tinha roubado. Mandava indirectas, fotos e até falava com Inês para esmagá-la. Felizmente, Inês não era tão fraca como Maria pensava e nunca desistiu, fazendo-lhe frente, sempre que Maria a provocava. Foi forte e venceu, esqueceu Marco, mas aquele sentimento de ódio/amor nunca a deixou. Fez frente a Maria, respondendo na mesma moeda, felizmente. Inês seguiu com a sua vida, provando a todos que não precisava de nenhum rapaz para ser superior, saindo vencedora de toda a esta história. Aprendeu a não confiar tanto nas pessoas, ter orgulho de si própria e quando preciso virar as costas a quem merece.